A endometriose é a presença de tecido endometrial (camada que reveste o útero por dentro) fora da cavidade uterina. Habitualmente ela é controlada com medicamentos. Apresenta uma evolução bastante variável, podendo em alguns casos desaparecer espontaneamente, embora o mais freqüente seja evoluir com o passar dos tempos. De um modo geral não tem cura, mas tem controle. Até o momento não há dados científicos conclusivos que correlacionem a endometriose com câncer, mas há necessidade de mais estudos a respeito.
O fumo provoca contração das arteríolas e com isso diminui a circulação em determinados tecidos. O ideal é não fumar em nenhuma etapa do tratamento e menos ainda durante a gravidez. Há trabalhos demonstrando que mulheres fumantes têm menor taxa de gestação que as não fumantes.
O custo do tratamento é basicamente devido ao laboratório e os medicamentos que são utilizados para induzir a ovulação. Quando o tratamento surte efeito e temos como resultado final um lindo bebê saudável em casa, com certeza o tratamento foi muito barato. Entretanto quando o resultado não é o desejado, o custo do tratamento foi sem dúvida muito elevado, pois terminamos sem conseguir o que desejávamos. De um modo geral, apesar de inúmeras tentativas em se diminuir o custo global do tratamento ele ainda permanece distante da maioria da população brasileira, pois os materiais de laboratório (placas, pipetas, meios de cultivo, cateteres, etc..) continuam sendo exclusivamente produzidos no exterior e sujeitos às variações cambiais, o que encarece o procedimento.
A escolha do sexo do bebê, segundo recomendação do Conselho Federal de Medicina, só é permitida para casos em que há doenças genéticas ligadas ao sexo. A escolha pura e simples não é recomendada, pois significaria uma rejeição aos embriões de sexo indesejado, os quais não poderiam ser descartados e seu congelamento seria o prolongamento de um desejo inexistente.
De preferência não. Nas tinturas de cabelo podem existir substâncias que podem ser embriotóxicas, embora não haja comprovação científica disso. De um modo geral, as tinturas contém amônia, álcool e demais substâncias que podem ser absorvidas pelo couro cabeludo que é ricamente irrigado.
O Conselho Federal de Medicina recomenda que sejam transferidos no máximo quatro embriões. Quanto mais embriões se transferem, maiores as chances de gestação, mas também maiores as chances de gestação múltipla. O ideal é o equilíbrio. Atualmente transferem-se embriões de acordo com a idade, sendo que geralmente para mulheres com menos que 30 anos se transferem no máximo 2 embriões, dos 30 aos 35 anos se transferem no máximo 3 embriões e acima dos 35 anos se transferem no máximo 4 embriões.
O congelamento de óvulos e embriões é uma alternativa para os óvulos ou embriões excedentes e podem ser descongelados e transferidos em um ciclo natural, sem uso de medicamentos. As técnicas atuais, chamadas de “vitrificação” oferecem resultados muito bons.
Sim. O preferível é a mulher estar no seu peso ideal. Entretanto, nem sempre isso é possível. A mulher obesa tem pior resposta às drogas indutoras de ovulação e menor taxa de implantação embrionária. Pior ainda que o excesso de peso é o uso de drogas que visam reduzir o apetite, pois essas medicações podem interferir de forma significativa com o ambiente hormonal e provocar alterações que prejudicam a gravidez.
Preferencialmente essas medicações devem ser evitadas, pois algumas delas podem interferir com o processo de amadurecimento do endométrio e até mesmo com a qualidade embrionária. Logicamente que em determinadas situações é necessário utiliza-las, mas sempre sob orientação médica. Evitar o uso de medicações desnecessárias e prescritas por leigos (amigos, vizinhos, balconistas de farmácia, etc.) deve ser a norma mais coerente para quem deseja um resultado feliz.
O risco sempre existe. Por mais que a medicina evoluiu não há até o momento exames que façam o diagnóstico com 100% de segurança. Existem vários estudos comparando as chances de se ter malformações em pacientes que fazem tratamento de reprodução assistida e a população normal. Parece que o tratamento de reprodução assistida propicia mais trabalho de parto prematuro (em parte devido a maior ocorrência de gestação múltipla).
A chance de Síndrome de Down, por exemplo, é dependente da idade da mulher.
Depois da transferência embrionária orienta-se a ter atividades normais, habituais. Preconiza-se apenas não fazer exercícios extenuantes nem repouso exagerado. O ideal é levar a vida normal, como antes, tanto do ponto de vista de atividades profissionais, físicas e sexuais.
Não há medicações sem efeito colateral. Não há medicação 100% segura. Mas de um modo geral não há grandes complicações com as drogas de indução de ovulação, que já são usadas há mais de 30 anos. O que mais frequentemente ocorre é inchaço nas pernas e na barriga, por conta do estímulo ovariano. Os ovários, normalmente do tamanho de uma azeitona, crescem e chegam a atingir o tamanho de um limão, produzindo, com isso, mais hormônio que o normal. Isso acarreta esse inchaço, sensação de plenitude abdominal e às vezes digestão mais lenta que o habitual. As medicações são hormônios naturais e não levam a um aumento de peso, podendo, entretanto, levar a um pequeno acúmulo de líquidos (edema ou inchaço) que regride após o término de uso. Se houver ganho real de peso, ele é na maioria das vezes reflexo da situação de estresse e ansiedade.